domingo, 26 de fevereiro de 2012

Otite - O que é, como tratar e diagnosticar




Recentemente o Nero teve otite, graças a Deus não foi nada grave (uffa!) , fez tratamento por uma semana, mas não adiantou, depois, por mais outra semana com outro remédio, e finalmente ele ficou bom! Por causa dessa maldita otite, Nero ficou com um super-nó atrás da orelha, que estou lutando até hoje pra tirar! (Você deve estar pensando "- O que isso tem a ver com a otite? " ) Então eu te respondo, acontece que era preciso fazer uma espécie de massagem  para o remédio descer até o canal auditivo, e acabou que aconteceu essa tragédia! Mas hoje eu não vim aqui falar sobre nós, (talvez na próxima postagem) vim falar sobre a Otite Canina.

A Otite é simplesmente (Ah? Isso não é simples!) uma inflamação no conduto auditivo. Muito comum em cães, e se não diagnosticada e tratada corretamente, pode levar o animal a surdez, e até a ficar "doidão" pois ele começa a andar em círculos. Alguns dos sinais mais comuns também são: Cheiro de chulé (dentro do ouvido) , dor, e secreção! Diversas causas podem vir a virar Otite; dentre elas produção excessiva de células de descamação, associada à presença de bactérias, fungos e ectoparasitos, tais como Demodex canis e Otodectes cynotis. Alguns casos são um tanto difíceis de serem resolvidos, como o tumor dentro do conduto auditivo. 


Pessoal, a próxima parte eu vou colar mesmo, pois tenho medo de esquecer de alguma informação importante, ok?


Alguns casos de otite são complicados de serem solucionados. Isso pode ser devido a fatores predisponentes, como a presença de pólipos e neoplasias (tumor) no conduto auditivo. Não podemos deixar de mencionar que algumas desordens sistêmicas também podem desencadear otites recidivantes, como o hipotireoidismo e as alergias. Devemos também chamar a atenção para as raças que têm orelha pendular, como o nosso amigo Bob, que são predispostas à otite, pois propiciam ambiente ideal para o desenvolvimento de bactérias, fungos e sarnas.
O diagnóstico é feito primeiramente pelo proprietário, que observa a alteração de comportamento do animal, principalmente pelo fato do intenso prurido (coceira) que o animal demonstra. Alguns animais podem deixar de se alimentar e até mesmo ficar agressivos quando o proprietário encosta nas orelhas, em virtude da dor.
Já no consultório veterinário, o animal deve ser examinado com auxílio de um otoscópio (aparelho utilizado para enxergar o interior do conduto auditivo), onde é possível identificar a presença de alguns ácaros (O. cynotis) e avaliar a integridade da membrana timpânica. Esse procedimento é essencial, antes de se prescrever qualquer medicamento ao animal.
Não tente adivinhar qual é o agente etiológico, o causador, da otite. Antigamente era comum escutar que a cera de coloração escura, oriunda de conduto auditivo, estava relacionada à otite fúngica, e a cera de cor marrom, relacionada à otite bacteriana, mas isso não corresponde à realidade encontrada.
O uso de medicamentos inadequados, prescritos sem diagnóstico definitivo, é uma das causas mais comuns de tratamentos falhos, sendo assim, o exame citológico é primordial para o tratamento da doença. Podemos, ainda, solicitar o exame de cultura e antibiograma, para maior segurança e eficácia do tratamento, porém, somente após a realização do exame citológico que indique a presença de bactérias.
Por mais que você já tenha visto diversas vezes, não é para introduzir nada no conduto auditivo de seu animal, isso inclui cotonetes e pinças com algodão! Ao longo dos anos, já tive a oportunidade de notar o lado pesquisador de alguns proprietários; vocês não imaginam como são curiosos! Certa vez, um proprietário pingou água sanitária, outro, azeite quente, e o mais impressionante, um produto comercial utilizado na desinfecção de ambientes.
Encontramos, em algumas lojas (Pet Shops), produtos utilizados para auxiliar a retirada dos pêlos auriculares. Isso é terminantemente proibido em cães, principalmente nos animais com otite. Você faria o mesmo procedimento em você?
A utilização de agentes terapêuticos se faz necessária, seja por via tópica (pingando o produto diretamente no conduto auditivo), ou por via sistêmica (administrando por via oral ou pela via subcutânea ou intramuscular). Nos casos mais graves, a técnica de lavagem otológica que tem por finalidade a diminuição dos agentes no conduto auditivo se faz necessária. Nos casos crônicos, infelizmente a única opção do tratamento é a realização de uma cirurgia (ablação de conduto auditivo), pois muitas vezes encontramos estenose (diminuição) do conduto auditivo.
O proprietário é um dos responsáveis em causar o problema e é o primeiro a evitar. Durante o banho dos animais, devemos sempre colocar algodões nos condutos auditivos, para evitar a entrada de água, evitando um ambiente ideal para proliferação de bactérias e fungos. Por mais que você não deixe cair água ou não molhe a cabeça do animal, o risco de entrar uma pequena quantidade ainda é grande.
Ao qualquer sinal de otite, procure imediatamente o seu Médico Veterinário! "
Remédios do Nero:

O 1º remédio funcionou, já o 2º não, apesar de serem da mesma linha!

ATENÇÃO:
O BLOG DO NERINHO NÃO É CONSULTÓRIO VETERINÁRIO, SE O SEU CÃO APRESENTA QUALQUER UM DOS SINTOMAS ACIMA, PROCURE O SEU VETERINÁRIO! NÃO USE MEDICAMENTOS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA


2 comentários:

  1. oi klara sou eu a lorena amei seus blogs sao mesmos muito otimos!!!

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  2. Lorena,
    Muito obrigado pelo elogio ao Blog!
    Nerinho manda mil lambeijos!!

    ResponderExcluir

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